Estão abertas as inscrições para o Curso Teatro das Oprimidas: estéticas feministas para poéticas políticas com Bárbara Santos, que acontece de 17 a 19 de novembro, na sede do Centro de Teatro do Oprimido. Os cursos são realizados através de temas ou técnicas específicas que podem ser feitas sequencialmente ou de forma independente, já que cada uma possui uma estrutura própria. A cada experiência as participantes têm a oportunidade de, usando meios estéticos, expressar e entender o mundo em que vivem, criando alternativas para transformá-lo. Inscreva-se clicando aqui.
Por que um Teatro das Oprimidas?
Para que? Como? Com quem? Para quem?
O curso apresenta a formulação teórica e a sistematização metodológica resultantes de uma intensa experiência articulada entre grupos e artistas-ativistas da América Latina, Europa e África. O conteúdo prático-teórico será desenvolvido por meio de produção teatral e interação com a plateia.
O Teatro das Oprimidas se dedica à representação cênica de opressões atravessadas pela intersecção entre gênero, raça e classe, desde uma perspectiva estrutural, buscando evitar a individualização do problema encenado e a culpabilização das personagens que o enfrentam, com vistas a estabelecer um diálogo teatral -horizontal e contextual-, no qual se estabelece um ambiente de cooperação entre integrantes da plateia para interações coletivas.
Indicado para todas as pessoas interessadas em se expressar por meio de produções estéticas e no desmonte do patriarcado.
Data: 17 a 19 de novembro
Horário: 10h às 19h (sex e sáb) | 10h às 15h (dom)
Carga horária: 23 horas
América Latina e África: R$650,00
Demais localidades: R$1.300,00
Quem é Bárbara Santos?
(@barbara.kuringa)
Dramaturga, diretora, atriz, kuringa, autora, poeta/melodista, roteirista, cineasta, pesquisadora e ativista feminista-antirracista-decolonial-comunitária, Bárbara Santos é diretora artística do espaço teatral KURINGA e do grupo Madalena-Berlim, em Berlim, Alemanha; consultora do Centro de Teatro do Oprimido, editora da revista METAXIS e diretora artística dos grupos Cor do Brasil, Madalena-Anastácia e da Cia Teatral CTO RIO, no Rio de Janeiro, Brasil; e fundadora da Rede Ma-g-dalena Internacional de Teatro das Oprimidas, composta por grupos teatrais da América Latina, África e Europa. Sua atuação artística inclui experiências diversas em mais de 40 países.
Bárbara tem investigado e desenvolvido abordagens artísticas inovadoras, que tratam das interseções entre gênero, raça e classe em uma perspectiva contextual, por meio de estéticas feministas, com enfoque em percursos criativos de som/ritmo. Processos artísticos que estão sistematizados em três livros de sua autoria, entre os quais destaca-se o Teatro das Oprimidas – estéticas feministas para poéticas políticas, obra publicada em português, espanhol e inglês. Como performer, explora a transição estética do corpo colonizado para o corpo político.
Como atriz, destaca-se a interpretação de Filomena (Filó), em “A vida invisível de Eurídice Gusmão” (de Karim Aïnouz), ganhador do Grand Prix da mostra Un Certain Regard em Cannes 2019, que lhe rendeu a indicação de melhor atriz coadjuvante para o Grande Prêmio do Cinema Brasileiro, edição 2020. Em 2022, estreou como cineasta e roteirista, com o filme “QUARTA-FEIRA”, média metragem musical, com músicas de sua autoria, selecionado para BERLINALE (Alemanha), Festival do Rio (Brasil), War on Screen (França), Filmets Badalona (Espanha), entre outros. Em 2023, dirigiu o curta metragem “Anastácia em Des-mordaça”, selecionado para o Encontro de Cinema Negro Zózimo Bulbul. Atualmente desenvolve novos projetos para filmes musicais.
