QUEM SOMOS

Arte e política

Trabalhamos com o Teatro do Oprimido e o Teatro das Oprimidas (TO) porque vivemos em um sistema social alicerçado na opressão e na força do capital que promove relações sociais, culturais, políticas e econômicas injustas. O TO é nosso arsenal nesta luta por transformação, a qual se inicia e se desenvolve através de processos estéticos e políticos que visam identificar, investigar, revelar e representar a opressão, para provocar a percepção dessas injustiças e a busca de meios concretos para superá-las

Nossa prática artística é política e, por isso, nevrálgica. Prática criativa, comprometida com os fundamentos do Teatro do Oprimido e Teatro das Oprimidas, e que não se limita à reprodução mecânica de receita conhecida e esvaziada de sentido. Apresentamos nossas metodologias como um meio e não como o fim. É importante estarmos em alerta na luta contra a burocratização que imobiliza. Priorizamos a essência em detrimento da aparência.

“No Teatro do Oprimido, refletimos sobre o passado, ensaiamos sua transformação no presente, para inventarmos o futuro desejado, porque ser cidadão é transformar a realidade e viver é mudar o mundo.”

 

O CTO dedica-se ao desenvolvimento do Teatro do Oprimido e do Teatro das Oprimidas, sob a direção do sistematizador do método, Augusto Boal, de 1986 a 2009, ao longo de 23 anos. Bárbara Santos, sistematizadora do Teatro das Oprimidas, ocupou o cargo de coordenadora geral e artística por duas décadas. Essa trajetória histórica, que engloba a criação do Teatro Legislativo, da Estética do Oprimido, da Árvore do TO (organograma que sistematiza a metodologia) e programas de formação de multiplicadores, solidificou a instituição como uma referência significativa nacional e internacional. O constante desenvolvimento de projetos socioculturais e de pesquisa estética ressalta a contribuição relevante da instituição.

 

Os princípios essenciais do Teatro do Oprimido (TO) são detalhados na Árvore que representa sua estrutura. O método é praticado em cinco continentes por grupos que enfrentam opressões relacionadas a questões raciais, de classe, de gênero, de orientação sexual e diversas injustiças. O CTO utiliza a aderência aos princípios fundadores do método como critério para estabelecer parcerias e ações conjuntas.

 

O Teatro das Oprimidas (TA) surge da necessidade de desenvolver produções teatrais onde as mulheres não sejam culpabilizadas pelas violências machistas enfrentadas, ampliando a participação de artistas-ativistas como facilitadoras desses processos de produção e diálogo com o público nas sessões de Teatro Fórum.

 

O CTO é composto por pessoas e grupos que concretizam sua intervenção na sociedade por meio da teoria e prática do TO e TA. A instituição conta com a contribuição de diversos atores sociais, sendo um centro, mas não “O” centro do TO e TA, pois as metodologias não pertencem ao CTO ou a qualquer entidade, mas sim a grupos de pessoas oprimidas, organizadas e não-organizadas, que buscam transformação e necessitam dela.

Quem foi Augusto Boal?